Polícia Federal diz à Justiça que não fará escolta de presos durante a Copa
Todo o efetivo em São Paulo será destacado para segurança de autoridades e das seleções.
Em ano de Copa do Mundo, a Polícia Federal avisa: o efetivo de agentes e delegados não será suficiente para acumular a missão que lhe cabe no grande evento esportivo com a escolta de presos para audiências na Justiça Federal em São Paulo.
Por meio do ofício 79/2014, o delegado Antonio de Albuquerque Machado Filho, chefe do Setor Operacional da Superintendência Regional da PF em São Paulo, comunicou o juiz diretor do Fórum da Justiça Federal (Administração Central), Paulo César Conrado, que o Grupo de Escoltas “permanecerá impossibilitado de cumprir as requisições de escolta emanadas das diversas Varas Criminais Federais do Estado de São Paulo”.
O período em que a PF não terá como promover o deslocamento de presos vai de 2 de junho a 20 de julho.
O delegado pede os “bons préstimos” da Administração Central da Justiça Federal no sentido de repassar a comunicação da PF “em tempo hábil” às Varas Criminais Federais de São Paulo, Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Campinas, Santos, Osasco, São José dos Campos, Taubaté, entre outras.
Diariamente, presos são removidos de estabelecimentos penais para serem interrogados ou acompanhar os depoimentos de testemunhas nas varas criminais federais nessas cidades. Na Capital, são 10 as varas criminais federais.
O delegado Machado Filho argumenta que, naquele período, “todo o efetivo policial desta Superintendência Regional (de São Paulo) será recrutado pela Direção Geral da Polícia Federal a fim de executar os trabalhos de segurança de dignitários e das delegações que utilizarão as cidades de São Paulo como sede de suas concentrações”.
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