O que temos para comemorar?

Protesto no dia do Policial Federal no RN » Por: Alexandre Ferreira

Foi realizada na manhã desta segunda-feira, 18/11, a solenidade de hasteamento da bandeira nacional no Auditório da Superintendência Regional do DPF no Rio Grande do Norte, conforme a Instrução Normativa e coordenada pela Comunicação Social. Para o evento, a nova diretoria do Sinpef/RN providenciou camisas com os dizeres “S.O.S. para a POLÍCIA FEDERAL” nas costas e palavras de apoio à PEC 51 (PEC da Paz) na frente. A maioria dos presentes era composta por Escrivães, Agentes, Papiloscopistas e servidores da Carreira de Apoio. Poucos peritos e delegados participaram da cerimônia.

O evento iniciou com a homenagem e a apresentação de dois vídeos emotivos. Em seguida, os presentes cantaram o hino nacional, ouviram a mensagem da Comunicação Social e assistiram a apresentação dos slides com imagens de diversos servidores durante diferentes momentos da história da Polícia Federal no estado. Também houve a leitura da mensagem do Diretor-Geral e o pronunciamento do superintendente quanto à necessidade do espírito de união entre os cargos, aproveitando para parabenizar os policiais que fizeram flagrantes de drogas no último mês. Depois de tocado o hino do DPF, foi dada a palavra para o pastor André Gadelha, que deu seu testemunho e orou por todos.

Ao final da solenidade, o Secretário-geral do Sinpef/RN, Sérgio Guimarães, interviu parabenizando as palavras do pastor e solicitou que fosse oportunizada a palavra ao presidente do Sinpef, Antônio Aquino da Silva, representando toda a nova diretoria. Aquino então falou que, infelizmente, o Policial Federal não tem o que comemorar. O presidente enfatizou que o momento interno vivido no DPF talvez seja o pior de toda a história do órgão e o que aparece na mídia em relação à Polícia Federal não retrata a sua realidade, pois a maioria dos policiais está desestimulada por falta de reconhecimento.

Aquino também destacou que a categoria sofre um arrocho salarial, que está completando sete anos, fazendo com que as famílias dos policiais sintam os efeitos negativos diretamente. Entretanto, o que mais o incomodara e a toda a categoria foi saber que o maior entrave para a concretização dos pleitos dos Agentes, Escrivães e Papiloscopistas, quanto às tratativas de recomposição salarial, estava em seus próprios “pares” integrantes de outros cargos da carreira policial federal, com os quais diuturnamente convivem. Aquino disse ainda que Os Escrivães, Agentes e Papiloscopistas nunca se furtarão em unir esforços em favor da Polícia Federal. Porém a história não os deixa tranquilos para confiar.

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