Existem inúmeras histórias sobre mulheres que dividem seu tempo entre a Polícia Federal e os filhos. É preciso contar algumas delas para evidenciar a luta dessas guerreiras que além de combaterem diuturnamente a criminalidade, no país, lutam para serem boas mães e dar atenção, educação e amor aos filhos. O Sindicato dos Policiais Federais em Pernambuco (Sinpef-PE) realiza esta série de reportagens, para o mês das Mães, porque sabe da importância da figura materna. Essa é uma forma de homenagear nossas policiais federais.
A primeira entrevista foi na sala do Escritório de Projetos, onde a agente da Polícia Federal Rafaella Araújo faz parte da equipe que marca as diretrizes e executa atividades importantes da Polícia Federal em Pernambuco. Incansável, ela dividia seu tempo com a nossa entrevista e o trabalho. O que mostra o tamanho da responsabilidade e amor pelo que faz. Porém, quando começamos a conversar sobre os filhos, o semblante mudou. O brilho no olhar, o orgulho, o respeito e as escolhas das palavras para definir e responder às perguntas… tudo isso poderia ser rapidamente notado e podia claramente definir o tamanho da ternura materna e da atenção para com os filhos. As expressões falavam mais do que as palavras. Rafaella é mãe de Márcio de 14 anos, Miguel de 10 anos e Marina de 7 anos.
Apesar de ter a referência do pai, Oficial reformado do Exército Brasileiro, até então Rafaella não fazia planos de dedicar sua vida à segurança pública. No entanto, assim que ficou sabendo, fez a inscrição no concurso e aos 22 anos se tornou agente da Polícia Federal, no ano de 1996. Era estudante de Engenharia Cartográfica na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), à época.
Se casou aos 28 anos. Desde sempre quis ter uma família grande. “Quando fiquei sabendo da gravidez do meu primeiro filho, eu e meu marido ficamos muito felizes. Foi uma gravidez que estava em nossos planos. Eu não parei com as atividades da Polícia Federal” conta a agente.
Quando indagada se a atividade dela influencia os filhos ou se o fato de ser policial federal determina ou muda alguma coisa em relação à criação deles, Rafaella responde: “Em brincadeira de polícia e ladrão eles sempre são policiais. Ensinamos aos meninos a necessidade de respeitar todas as pessoas, seja quem for. Mostramos e encaminhamos eles ao certo. O fato de me acompanharem, frequentarem, às vezes, meu local de trabalho, isso fez com que tivessem entendimento sobre a PF. Eu percebo que eles têm um carinho e um grande respeito ao meu trabalho. Talvez, a área do meu marido que é engenheiro influencie mais os meninos, no momento, já que sempre estão na fábrica onde o pai trabalha. Mas a PF não deixa de chamar a atenção deles”.
“A parte mais difícil foi e continua sendo dividir o meu tempo entre as responsabilidades do trabalho e os meus filhos. É sempre muito difícil trabalhar e ter que dar atenção e educação às crianças, mas eu sempre tive espaço e compreensão, aqui. Provavelmente, se eu trabalhasse em outro lugar, se não na PF, não teria dado tanto tempo e atenção aos meus filhos”, afirma a policial federal, com o ar de satisfação e agradecimento.
O agente da Polícia Federal Paulo Galindo fala sobre a colega com quem divide as tarefas e a sala do setor de Projetos. “Uma pessoa prestativa, solícita e sempre pronta a ajudar qualquer pessoa, em “Ns” situações. Isso faz com que ela seja muito querida aqui na PF. Acredito que essa dedicação duplica no que se refere ao lar e aos filhos”, declara o agente federal.
O carinho de Rafaella pela mãe, Maria Rodrigues é evidente. “No ano passado, no dia do aniversário da minha mãe (24 de maio), eu estava em uma operação e pedi à minha equipe que me liberasse rápido. Cheguei em casa fardada e fui trocar de roupa para tirar uma foto com ela, mas ela me respondeu: Não! Não precisa trocar de roupa. Eu quero uma foto com você assim mesmo”, relata a policial. “Ela sente o maior orgulho dessa foto. Manda para todas as amigas. Se eu soubesse que ela queria tanto teria tirado uma foto assim antes”, conclui.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SINPEF/PE.]]>