PF suspendeu serviços de passaporte mesmo tendo R$ 60 milhões em caixa.
Técnicos do governo que acompanham a movimentação de dinheiro pelos órgãos públicos garantem que a Polícia Federal se precipitou ao anunciar as suspensão da emissão de passaportes. A instituição ainda tinha dinheiro de sobra para continuar emitindo documentos. Algo como R$ 60 milhões.
Os mesmos técnicos garantem que a PF tinha conhecimento que seria enviado ao Congresso um projeto de lei prevendo crédito suplementar de mais de R$ 100 milhões para a confecção de novos passaportes, que, como são emitidos com um bom prazo depois dos pedidos, permitiriam uma programação sem transtornos.
O anúncio pela PF da suspensão do serviço de passaportes, no entender do Palácio do Planalto, foi muito mais político do que técnico. Teve como único objetivo jogar a população contra o governo, porque muita gente se viu em uma situação bastante complicada, pois as passagens para o exterior estão marcadas e os hotéis, pagos.
A ordem dentro do governo, porém, é não polemizar muito, para não dar munição à PF. O Planalto quer que o serviço seja restabelecido o mais rapidamente possível, reduzindo os transtornos à população. “Esse é o tipo de desgaste que não precisamos ter neste momento”, ressalta um auxiliar do presidente Michel Temer.
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