Assassinatos em PE: ao contrário do que disse secretário, polícia afirma que suspeito de matar PMs não era CAC

Alex da Silva Barbosa, morto após tiroteio com PMs, tinha registro no Sistema Nacional de Armas da PF, diz chefe da Polícia Civil. Segundo Simone Aguiar, todas as pessoas baleadas, incluindo grávida e adolescente, são da mesma família.

Alex da Silva Barbosa, o suspeito de matar dois PMs no tiroteio que deu início à sequência de assassinatos em Camaragibe, no Grande Recife, não era registrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A informação, que foi divulgada nesta quinta (21) pela delegada Simone Aguiar, chefe da Polícia Civil de Pernambuco, contradiz o que foi divulgado pelo secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho, em 15 de setembro (veja vídeo acima).

“Preliminarmente, veio esse informe de que Alex era CAC. Mas, após verificarmos os sistemas e as respostas do Exército, nós vimos que ele não era CAC. Ele tinha o registro da arma dele no Sinarm [Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal]”, afirmou a delegada Simone Aguiar, em entrevista à TV Globo.

A informação de que Alex era CAC foi repassada pelo secretário durante entrevista coletiva para falar sobre o caso, que resultou na morte de oito pessoas em pouco mais de 12 horas (veja cronologia mais abaixo). Na ocasião, o gestor afirmou que Alex “era CAC, era atirador”. A arma utilizada por ele era uma pistola calibre 9 milímetros com mira a laser.

“Foi a Polícia Federal que concedeu o porte [da arma]. Ele não era CAC. Preliminarmente, veio esse informe de que ele era CAC por ele ter [uma arma de] 9 milímetros, porque [até] há pouco tempo só quem tinha 9 milímetros era policial federal, policial rodoviário federal e CACs. Mas, como houve uma permissão por um período, alguns que não são colecionadores poderiam ter esse registro da [pistola] 9 milímetros”, disse Simone Aguiar.

Fonte: G1 Pernambuco