Artigos e Opniões

Índice de Desenvolvimento analisou 80 indicadores relacionados à democracia

Artigos e Opniões
Índice de Desenvolvimento Democrático da América Latina analisou 80 indicadores relacionados à democracia na região O Brasil ocupa a oitava posição entre 18 países latino-americanos analisados no Índice de Desenvolvimento Democrático da América Latina. O ranking é feito pela Fundação alemã Konrad Adenauer em parceria com a empresa de consultoria política argentina, Polilat. Para elaborar a lista, são analisados 80 indicadores relacionados à democracia. De acordo com o documento, a democracia na região como um todo caiu. A colocação do Brasil é a última entre os países de desenvolvimento médio. O relatório constatou que os protestos contra a corrupção que se espalharam pelo país são fruto do avanço político da população. O texto também cita o aumento da investigação jornalística, que permit...

Manifestantes de olhos vendados

Artigos e Opniões
Se você, seu distraído, ainda não entendeu o que dizem as ruas, aqui vai, numa palavra: nada GUILHERME FIUZA - Revista Época Agora o recado das ruas está claro. O 7 de Setembro trouxe uma nova onda de protestos às capitais brasileiras, e ninguém mais pode dizer que paira alguma dúvida sobre o que essas manifestações vieram dizer ao Brasil, olhos nos olhos. Se você, seu distraído, ainda não entendeu o que as ruas estão dizendo, aqui vai um resumo numa palavra: nada. O destino épico do gigante adormecido não falha. Justamente na semana em que celebra sua Independência, o país viu estourar o novo escândalo do Ministério do Trabalho. Se bem que, quanto a isso, pairam dúvidas. Não sobre o escândalo (que é cristalino), mas sobre o fato de que o país o tenha visto. O Brasil anda muito ocupado com...

À um ano das eleições, Dilma volta às redes sociais

Artigos e Opniões
Após quase três anos fora das redes sociais, e oportunamente, a pouco mais de um ano das eleições de 2014, a presidente Dilma Rousseff, decidiu voltar a marcar presença na internet. Ela reativou a conta no Twitter com uma “entrevista” ao perfil humorístico Dilma Bolada, criado pelo estudante de publicidade Jeferson Monteiro e que tem 146 000 seguidores. Na conversa, a presidente falou do marco civil da internet, de espionagem e das críticas que recebeu da revista The Economist. Antes da retomada, o último post da presidente era de dezembro de 2010, ano da campanha que a levou ao Planalto. Na ocasião, ela agradeceu o contato pelas redes e prometeu conversar mais com seus seguidores ao longo do ano seguinte – o que não aconteceu. A entrevista desta sexta fez parte de uma ação para divulgar o...

Eles nada aprenderam

Artigos e Opniões
Por Carlos Melo É difícil para um sistema político viciado compreender e não se surpreender, se antecipar e reagir no tempo e na medida corretos. Tempos voláteis e inseguros são estes. Num momento a calma dos cemitérios, e até parece que a história acabou de verdade na mesmice entediante da polaridade PT/PSDB. Noutro, a fúria e a perplexidade. Depois, o clima ameno e enganosamente tranquilo, para mais tarde tudo ferver novamente. A calma, quando há, é das que precedem os tsunamis. Governantes passam a viver aflitos. Ironicamente, sentem na pele a vulnerabilidade dos desprotegidos que não conseguem abrigar. São tempos novos, estes voláteis, e talvez tenham vindo para alterar definitivamente a lógica e a ordem no reino da política O fato é que a água não ferve de repente. Esse ovo de serpent...

Quem são os heróis de uma nação?

Artigos e Opniões
Victor Hugo, Émile Zola, Voltaire, Diderot, Rousseau. Nomes conhecidos no Brasil e no resto do mundo. Segundo seus próprios conterrâneos, esses são os heróis da nação francesa. Foram enterrados juntinhos no Panthéon, um prédio em Paris destinado a guardar xs cadáveres daqueles que “honraram” o país. E agora eles podem ganhar mais alguns colegas: desde hoje até o dia 22 de setembro, xs franceses palpitarão livremente sobre quem vai estar lado a lado com suas celebridades acadêmicas e políticas. Uma das grandes questões que têm permeado os debates, na imprensa e na sociedade em geral, é como estabelecer uma igualdade entre os gêneros e sexos. Pudera: dos 75 corpos atualmente no Panthéon, só dois são de mulheres. E apenas uma está lá, digamos, por “merecimento”, a química Marie Curie, prêmio ...

ocê quer saber quanto recebe um deputado?

Artigos e Opniões
Não reclamei do meu salário. Reclamei da estupidez de quem acha que todos os deputados e deputadas ganham muito para trabalhar pouco Antes de mais nada, vamos esclarecer uma coisa. Eu não disse que os deputados “ganham pouco”, nem que o salário de um deputado seja igual ao de um professor, como estão dizendo por aí. Também não disse que a Bíblia é "uma palhaçada" e que os cristãos são "doentes", e nem defendi a pedofilia — um crime horrível, que combato como integrante da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Tudo isso é mentira. Por isso, eu peço a você: quando achar no Facebook ou no Twitter uma mensagem que diz que "o deputado Jean Wyllys disse que...", seguida de alguma barbaridade, não repasse sem checar a informação. Já inventaram até entrevista falsa à CBN, que a próp...

Violência no Brasil: como reverter esse quadro?

Artigos e Opniões
A segurança pública é um dos temas que as recentes manifestações populares colocaram no centro das discussões sociais. Para falar sobre a violência urbana, bem como sobre a pacificação de favelas no Rio de Janeiro, o Instituto Millenium reunirá um grupo de renomados especialistas para o debate “Violência no Brasil: Como reverter esse quadro?“, que acontecerá no Centro do Rio de Janeiro no próximo dia 17 de setembro, das 14h às 18h. O evento reunirá nomes como Leandro Piquet Carneiro, coordenador do Programa de Pesquisa em Segurança e Criminalidade do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP) e especialista do Imil, Claudio Beato, sociólogo e coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG...

Junho acabou no sábado

Artigos e Opniões
Autor: José Nêumanne Pinto Em junho as multidões ocuparam as ruas das grandes cidades brasileiras, assustando os políticos governistas e surpreendendo os da oposição, acendendo o sinal de alerta do Poder Judiciário e dando à sociedade a ilusão de que o gigante tinha acordado e o monstro da opinião pública devoraria os inimigos do povo. Tudo começou com uma manifestação contra o reajuste das tarifas dos transportes coletivos, que logo se tornou reclamação contra a péssima qualidade da mobilidade urbana. A classe média engrossou o caldo para gritar contra as óbvias mazelas de um Estado que arrecada muito para que os donos do poder fiquem com praticamente tudo, quase nada restando para a gestão decente dos serviços públicos. A corrupção prejudica todos os que não são corruptos e só beneficia ...

(In) Segurança Pública

Artigos e Opniões
Opinião A violência urbana que estamos vivendo, cada vez mais próxima de todos nós, tem causado um dano na sociedade e nos indivíduos que vai além da própria violência, que é o medo. Hoje temos medo de sair andando, com ou até mesmo sem a carteira. Estamos sempre atentos com o que está acontecendo ao nosso redor e de forma preconceituosa, rotulamos algumas pessoas, com uma aparência um pouco diferente, como, potenciais ladrões. Até quando teremos que viver dessa forma? E o que mais assusta é que os crimes continuam acontecendo, alguns de forma até mais violenta. Fiz uma pequena pesquisa com adultos nesta semana e 100% já tinham sido vítimas de algum tipo de furto ou roubo. Diferenças sociais? Sistema prisional? Uso e tráfico de drogas? Confiança na impunidade? Nossas leis? Acredito que sej...

Um 7 de setembro entregue à arruaça e à estética da violência

Artigos e Opniões
Um Sete de Setembro entregue à arruaça e à estética da violência. Ou: Lamento, meus caros, ter estado, ao longo desses três meses, mais certo do que eu mesmo supunha ou gostaria. Mantive este texto no alto; abaixo dele, há atualizações. O povo, conforme o esperado, se mandou das ruas. Ou aproveitou o feriado, mesmo num sábado, para passear um pouco ou ficou em casa, cuidando dos afazeres domésticos, arrumando o armário, esperando o jogo da Seleção — essas coisas, em suma, que as pessoas normalmente fazem nos regimes democráticos. O permanente confronto com as forças da ordem costuma caracterizar situações de insurreição contra tiranias — o que não quer dizer, é bom notar, que os que assim se organizam sejam, necessariamente, flores que se cheirem. Às vezes, não! É perfeitamente possível ha...