Localizado a 664 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Cygnus, o Kepler-78b foi detectado em agosto deste ano com base em observações do telescópio espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial dosEstados Unidos. Mas os cientistas americanos ainda precisavam calcular sua massa e densidade, para poder confirmar sua composição. Os astrônomos se organizaram, então, em outros dois grupos de pesquisa, quer trabalharam com espectrógrafos super sofisticados no Havaí e nas Ilhas Canárias, simultaneamente. Os resultados da pesquisa foram publicados na quarta-feira (30) pela revista Nature.
Apesar das semelhanças entre os dois planetas, diferentemente da Terra, o Kepler-78b é inabitável. Segundo os cientistas, ele está a apenas 1,5 milhão de quilômetros de sua estrela-mãe – uma distância cem vezes menor que a da Terra em relação ao Sol. Essa proximidade faz com que sua superfície seja extremamente quente, podendo chegar a temperaturas de 2,8 mil °C. Para ser um verdadeiro “gêmeo” da Terra, além de ser pequeno e rochoso, o planeta teria de estar na chamada “zona habitável” – uma distância da estrela que permitisse haver água líquida em sua superfície; uma condição básica para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.
Além da alta temperatura da superfície, a proximidade com sua estrela-mãe tem outra consequência interessante: o planeta completa uma volta em torno dela a cada 8,5 horas. A Terra faz esse percurso em torno do Sol em 365 dias.
Outros exoplanetas pequenos, alguns até menores do que a Terra, já foram detectados antes pelo telescópio espacial Kepler, mas suas massas não são conhecidas, apenas seus raios. Esse obstáculo impede os cientistas de determinar densidades e composição.
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