15/05/2018
Contar essas histórias é uma forma que o Sinpef-PE encontrou de homenagear e reconhecer a importância materna. Muitas outras lindas trajetórias existem. Elas estão na memória e vida de cada um. Mãe, uma palavra pequena, no entanto tão nobre e poderosa. Como no processo minucioso de identificação de uma pessoa por meio das impressões digitais, assim foi a entrevista com Tânia Maciel, só que desta vez buscou-se analisar as palavras e os sentimentos ao dizê-las, para reportar. Os desenhos digitais nos dedos de uma pessoa nunca se alteram, assim também é o afeto maternal da papiloscopista entrevistada, que mesmo após 35 anos, continua intenso.
Tânia Maciel se tornou papiloscopista da Polícia Federal aos 20 anos, em 1976. Nunca tinha pensado em trabalhar na segurança pública. Queria ter feito arquitetura por ser engenhosa com desenhos e ideias relacionadas à área. Porém, ela decidiu participar do concurso público por influência de seu irmão mais velho. Fez a inscrição, fez as provas, passou em todas as etapas e desde então integra a família Polícia Federal.
Alegre, ela sempre está com o sorriso no rosto. Tem gestos minuciosos, fala baixinho, bem explicativa, no entanto a expressão que a pode definir é “força de vontade”. Seus relatos, sua história, tudo o que foi contado, continha entusiasmo e satisfação. Exerceu grande parte de sua atividade como papiloscopista, em Brasília. Ensinou na Academia Nacional de Polícia (ANP) e sente imensa satisfação nisso. Sempre que pode, cita exemplos e fala sobre a satisfação em compartilhar suas experiências. “Em 79 comecei, na ANP como monitora de uma turma, a partir daí minha atividade como professora continuou. Passei cerca de 25 anos em Brasília”, conta a papiloscopista.
Tânia ficou grávida da primeira e única filha, aos 35 anos. Era o grande sonho da mulher que chegou a fazer procedimentos para facilitar a gravidez. Porém, a filha veio depois que ela desistiu do tratamento. Sonho realizado. “Foi uma grande surpresa. Passei quatro meses de repouso absoluto porque era uma gravidez considerada de risco. Na verdade, o meu afastamento da PF foi quase de um ano já que houve a cesárea, licença prêmio… Mas tive que voltar, a chefia estava chamando”, explica com bom humor.
Quando fala do relacionamento com a filha Victória Maciel, de 25 anos, Tânia se enche de orgulho de mãe. “Ela é determinada e muito sensata. Costumo dizer que ela é a mãe e eu sou a filha. Muito precisa, séria, mas sabe brincar também. Mesmo com minhas viagens e meus afazeres na Polícia Federal, eu não tive problemas em criar e acompanhar minha filha. Sempre ligava, perguntava como tinha sido o dia, sem falar que minha mãe sempre esteve com ela também”, declara com um sorriso emocionado.
Tânia voltou para Pernambuco em 2002. Hoje ela faz parte do quadro de funcionários da PF-PE.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SINPEF/PE
]]>