Polícia Federal prende, na Imbiribeira, doleiro por tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal (PF) expediu um mandado de prisão preventiva a um doleiro, que faz prática ilegal de compra e venda de dólares, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, numa operação deflagrada nesta terça-feira (19). O homem tem 38 anos e não teve a identidade revelada. A ação faz parte da Operação Descobrimento, e tem objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína. De acordo com a PF, também houve um mandado de busca e apreensão na casa do homem. Na ocasião nada foi apreendido no local. O preso será levado para a Sede da Policia Federal e investigado pelos crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais. As penas podem variam de 6 a 20 anos de reclusão. Após os procedimentos de polícia judiciária, o preso será encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça Federal de Salvador (BA).

De acordo com a Polícia Federal, além de Pernambuco, estão sendo cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga. As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador (BA) e pela Justiça portuguesa.

A PF explicou que as investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no Aeroporto Internacional de Salvador (BA) para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.

A partir da apreensão, a Polícia Federal informou que conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).

A Justiça brasileira decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados. No curso das investigações, a PF contou com a colaboração da Agência Norte-Americana de Combate às Drogas (DEA), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.