SEMPRE EM BUSCA DA PAZ

Por: Flávio Werneck – Presidente do Sindipol/DF

O Rappa – Minha Alma Tendo em vista os discursos dissonantes e sofismáticos apresentados nesses últimos dias, vou declarar minha posição: EU SOU DA PAZ. Mas a paz é um bem raro e caro. Deve ser conquistado. Vamos fazer um esforço de reflexão e para isso vou me utilizar de trecho da música do ‘O Rappa’ – Minha Alma (A paz que eu não quero) – como prefácio do texto: “… Às vezes eu falo com a vida. Às vezes é ela quem diz: Qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?…”. A paz é uma conquista. No Departamento de Polícia Federal passa por premissas básicas de qualquer país que tem por lei maior a Constituição Cidadã. Apresento a expressão que melhor traduz o caminho da paz: FIM DO APARTHEID INSTITUCIONAL. Apartheid significa vidas separadas. É a negação dos direitos sociais, econômicos e políticos. O governo (DPF), controlado por uma categoria minoritária cria leis (IN, IS, etc) e governa (OMP, PAD’s) apenas em prol de seus interesses. Para alcançarmos o equilíbrio e a desejada pacificação temos que enfrentar o problema e buscar o exercício dos direitos que estão sendo extirpados. Temos que RECONQUISTAR: 1 – DIREITO POLÍTICO – Democratização do Departamento de Policia Federal: Autoexplicativo. Para alcançarmos a paz desejada temos que ter o direito de eleger o nosso representante máximo: eleições diretas para Diretor Geral. E mais, todos os cargos têm que ter representatividade no órgão, ou seja, compartilhamento de poder. Todos os cargos têm atribuições derivadas de competências e as suas respectivas chefias devem ser alcançadas pelos mais competentes e capazes. 2 – DIREITO ECONÔMICO – Resgate da remuneração dos servidores do DPF: Atualmente no DPF, prega-se a segregação social com a absurda diferenciação salarial. Minha família não pode frequentar os mesmos lugares, os filhos não podem frequentar a mesma escola, etc. Traduz-se pela nefasta “trava salarial”. Citamos ainda as remoções “ex officio” com todos os direitos financeiros apenas para os nobres – aos demais se concretiza a remoção apenas com documento abrindo mão dos valores que lhe são de direito -, assim como a indicação para adidâncias no exterior, onde o que é aplicado é apenas o critério do “amigo do rei”. 3 – DIREITO SOCIAL – implementação de uma política igualitária de capacitação e acesso a cursos: Temos uma política de capacitação tendenciosa, que beneficia com pós-graduações, mestrados e doutorados apenas o cargo dominante e aqueles que se curvam à prática da vassalagem. Diferenciação da titulação e seu fim no curso de promoção para as classes especiais. Verdadeiros Policiais Federais, os sintomas de implementação de ideologia segregadora são fartos. Desde diferenciação em servir café e água, passando pela exigência de vestimentas diferenciadas nos cursos da ANP e tendo como símbolo maior o código de ética da Associação da classe hoje dirigente, verbis: “Art 7º – O associado da ADPF deverá evitar as seguintes condutas, por serem consideradas antiéticas. (…) VI – promiscuir-se com subordinado hierárquico, dentro ou fora de suas funções;” Peço aos Policiais Federais reflexão. Vamos nos politizar. Procurar os sindicatos. Participar. PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ. É MEDO!

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