Polícia Federal desarticula organização criminosa que desviava recursos da Prefeitura de Extremoz/RN

Mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do RN e são cumpridos por 70 policiais federais.

Natal/RN – A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (30/10), a Operação Vale Tudo visando desarticular uma organização criminosa acusada de fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município de Extremoz, Região Metropolitana de Natal.

A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, e contou com o apoio da Receita Federal e da Controladoria Geral da União.

Cerca de 70 policiais cumprem 23 mandados de busca e apreensão, por determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), em desfavor de servidores da prefeitura daquela cidade e de empresários do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Também serão cumpridos 5 mandados de suspensão da função pública e dos pagamentos referentes aos contratos da prefeitura com as empresas investigadas.

A investigação teve início a partir de indícios de falsidade na prestação de contas da campanha política de uma candidata a deputada estadual nas Eleições de 2018, cuja pessoa, à época, era ligada aos gestores municipais de Extremoz.

Durante a análise das contas da referida candidata verificou-se a existência de muitas doações oriundas de servidores municipais em valores que chegavam a quase totalidade dos seus vencimentos mensais. Chamados a prestar esclarecimentos, alguns deles confessaram que, após terem feito a transferência para a conta da campanha, receberam os valores em espécie por orientação dos gestores do município.

Com o avanço das investigações e, através da quebra de sigilo bancário, verificou-se que a organização criminosa teria desviado mais de R$ 2 milhões de reais entre os anos de 2017 e 2020, por meio de fraudes em licitações que visavam à aquisição de medicamentos, produtos odontológicos e hospitalares destinados ao município de Extremoz/RN.

Não haverá entrevista coletiva.

* O nome da operação faz referência aos “vales”, documento que era entregue para o controle de estoque da Secretaria Municipal de Saúde, o qual apresentava itens em menores quantidades, todavia com valores superfaturados.

Fonte: https://www.gov.br/pf